Quinta-feira, 24 de Abril de 2008
De Manuel Norberto Baptista Forte a 25 de Abril de 2008 às 19:17
ZECA AFONSO
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O rosto de uma Utopia
Em 1987, José Afonso deixou-nos, vítima de doença incurável. Além de ser, juntamente com Adriano Correia de Oliveira, um dos mentores da canção de intervenção em Portugal e um baladeiro/compositor notável, soube conciliar a música popular portuguesa e os temas tradicionais com a palavra de protesto, Zeca trilhou, desde sempre, um percurso de coerência. Na recusa permanente do caminho mais fácil, da acomodação, no combate ao fascismo salazarento, na denúncia dos oportunistas, dos "vampiros" que destroçaram Abril, no canto da cidade sem muros nem ameias, do socialismo, da "utopia".
Injustiçado por estar contra a corrente, morreu pobre e abandonado pelas instituições. Mas não temos dúvidas, a voz de "Grândola" perdurará para lá de todos os chacais.
ZECA, e outros mais que decisivamente contribuíram para o 25 de Abril de 1974 - Dia da Liberdade, uma só palavra: O B R I G A D O.
Para os que em qualquer parte deste nosso País, algo descaracterizado hoje (...talvez fruto das "mudanças"), contribuíram e contribuem para a continuação/consolidação dos ideiais e da sociedade democrática, o meu Forte apreço, o meu sentido respeito, e a palavra de que mesmo desgastados O ESPÍRITO DE ABRIL DE 1974, DEVE PERMANECER EM TODOS NÓS.
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